Boicote político? Indústria canadense do turismo espera impacto negativo após China deixar Canadá fora da lista de 'viagens aprovadas'
O Canadá foi deixado de fora da lista de destinos internacionais aprovados pela China para grupos turísticos, em um aparente boicote político.
Isso apesar dos agentes de viagens e grupos turísticos da China continental, recebendo luz verde para reservar viagens pós-pandemia para países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Austrália.
“Só acho que é mais um golpe para os proprietários de empresas de turismo que tiveram alguns anos difíceis por causa das restrições relacionadas à pandemia”, disse Beth Potter, presidente e CEO da Associação da Indústria de Turismo do Canadá.
A Embaixada da China no Canadá diz que a decisão de omitir o Canadá da lista – divulgada em 10 de agosto – foi uma objeção às recentes tensões políticas entre Ottawa e Pequim.
“Ultimamente, o lado canadense tem repetidamente exaltado a chamada 'interferência chinesa', e atos e palavras anti-asiáticas desenfreadas e discriminatórias estão aumentando significativamente no Canadá”, escreveu a Embaixada da China à CTV News em um comunicado.
“O governo chinês atribui grande importância à proteção da segurança e dos direitos legítimos dos cidadãos chineses no exterior e deseja que eles possam viajar em um ambiente seguro e amigável”.
A China sabe que seus cidadãos têm peso econômico, já que os turistas da China continental gastam mais do que os turistas de qualquer outro país quando estão no exterior. Em 2019, os turistas chineses gastaram $ 255 bilhões em todo o mundo, estimando-se que os grupos turísticos representem cerca de 60% desse valor.
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