Ex-primeiro ministro de Portugal será julgado por 28 crimes
José Sócrates, ex-primeiro ministro de Portugal, será julgado por 28 crimes, depois que o Tribunal da Relação de Lisboa contrariou a decisão no caso da Operação Marquês, deliberada pelo juiz Ivo Rosa. Sócrates vai, assim, ter de responder por três crimes de corrupção passiva, além de 13 crimes de lavagem de dinheiro e seis crimes de fraude fiscal. Estes 22 crimes juntam-se a outros seis (três de falsificação de documentos e três de lavagem de dinheiro).
Ivo Rosa tinha derrubado todos os crimes de corrupção, a maioria dos crimes de lavagem de dinheiro e todos os crimes de fraude fiscal, mas as três juízas do Tribunal da Relação de Lisboa têm entendimento diferente sobre o caso.
Raquel Lima, Micaela Rodrigues e Madalena Caldeira deram razão a grande parte dos argumentos do apelo dos procuradores Rosário Teixeira e Vítor Pinto, que tinham ficado descontentes com a decisão anterior.
Serão julgados, segundo a decisão da Relação, vários crimes relacionados com o grupo Lena, o grupo Vale do Lobo ou à Portugal Telecom, sendo que Carlos Santos Silva fica acusado praticamente dos mesmos crimes, muitos deles cometidos, supostamente, em coautoria entre os dois acusados.
A decisão diz que Sócrates é acusado de um crime de corrupção passiva de titular de cargo político em coautoria com o acusado Carlos Santos Silva, de um outro relativo “a atos praticados no interesse do acusado Ricardo Salgado, relativamente a negócios do grupo Portugal Telecom e Grupo Espírito Santo” e um terceiro crime de corrupção passiva de titular...
Saiba Mais