“Tio Paulo, tá ouvindo?”: mulher que levou idoso morto ao banco pode responder por vilipêndio a cadáver; entenda
A mulher que foi flagrada levando um cadáver a uma agência bancária no Rio de Janeiro nesta semana poderá responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, segundo o delegado Fábio Souza, titular da 34º DP (Bangu).
Érika de Souza Vieira Nunes, 42 anos, levou o idoso Paulo Roberto Braga, 68, a uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil. O homem era parente dela e, segundo médicos que foram chamados ao local, ele já estava morto havia pelo menos duas horas.
O código penal define a prática de vilipêndio a cadáver como crime, com pena de um a três anos de prisão e multa.
O advogado Humberto Fabretti, professor do curso de direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, explica que, basicamente, tudo que possa ser considerado como desrespeito a uma pessoa morta pode ser enquadrado no crime de vilipêndio a cadáver.
“[Ao criar a lei], o legislador achou por bem proteger os corpos [de pessoas mortas] contra determinadas condutas que seriam desrespeitosas e que pudessem trazer um prejuízo à memória da pessoa ou à família”, diz.
(Vídeo) “Tio Paulo, tá ouvindo?”, veja o que mulher falou ao levar morto ao banco https://t.co/kD2wIIbXfE pic.twitter.com/HVO3gZ4jvh
— Jornal North News (@NorthNewsJornal) April 17, 2024
“Quando a gente vai para a jurisprudência, encontra alguns exemplos de vilipêndio de cadáver por parte de estudantes de medicina que não tratam o cadáver que está...
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