Entenda como funcionam as cidades provisórias que serão instaladas no Rio Grande do Sul
O governo do Rio Grande do Sul está mobilizado para construir “cidades provisórias” em quatro municípios do estado, que concentram mais de 65% da população atualmente desabrigada por conta das fortes enchentes que atingiram praticamente todo o território gaúcho.
O termo “cidades provisórias” é utilizado apenas para facilitar a compreensão de como irão funcionar os abrigos, pois as cidades têm outras funcionalidades além do morar como lazer, trabalho e estudo, diferente do que é proposto nessas estruturas provisórias.
A localização das instalações precisa ser próxima aos pontos de referência da população local, perto dos postos de trabalho e da vizinhança, para que não se perca o senso de comunidade local.
“É importante que o local respeite as necessidades de privacidade das pessoas. No primeiro momento, é aceitável, mas, conforme o tempo passa, a necessidade de um espaço reservado aumenta”, afirma Renato Lima, diretor do CENACID — Centro de Apoio Científico em Desastres e especialista-consultor da ONU para o tema desastres ambientais e naturais.
Cada país desenvolve sua estrutura segundo os recursos disponíveis e a infraestrutura local. Conforme Renato Lima, durante o terremoto do Haiti em 2010, abrigos em praças públicas chegaram a receber 50 mil pessoas em tendas comunitárias. Já em países como os Estados Unidos, os padrões são outros.
As “cidades provisórias” serão equipadas com cômodos para as famílias, além de áreas comuns como banheiros com chuveiros, cozinhas, lavanderias e espaços dedicados para crianças e pets.
Geralmente, os países constroem abrigos aproveitando pontos com a estrutura necessária,...
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